De Braços Abertos
Como cooperadores de Deus, insistimos com vocês para não receberem em vão a graça de Deus. 2 Coríntios 6:1
A palavra aqui traduzida como “receberem” foi empregada no sentido de “receber favoravelmente”, “aprovar”, “receber de braços abertos”. Deus não quer que simplesmente consintamos mentalmente com a graça. Ele quer que vivamos na graça e participemos de seus múltiplos benefícios. Ele quer que recebamos a graça de braços abertos.
Paulo deixou claro que é possível receber em vão a graça de Deus. Assim como a semente na parábola de Jesus (Mt 13:5-7) que caiu em terreno pedregoso ou entre espinhos, podemos aceitar Jesus como nosso Salvador, mas nunca crescer na plenitude que Ele nos oferece. Ele nos oferece vida, não apenas o livramento da sentença de morte. A vida cristã apenas começa no momento em que somos reconciliados com Deus e iniciamos um relacionamento com Ele. Deus deseja que sejamos transformados à Sua semelhança por meio do poder do Espírito Santo que opera em nós (2Co 3:18).
De que maneira podemos receber em vão a graça de Deus?
Pela negligência. Deus fala, e fala de novo; mas nos recusamos a ouvir. Pode ser que deixemos que as coisas deste mundo – o barulho e a confusão – abafem a voz de Deus. Cada vez que Ele falar, Sua voz parecerá mais baixa e mais distante, até que deixaremos de ouvi-la. Ele não para de falar, mas nossos ouvidos se fecham para Ele (Is 6:9, 10).
Usando a graça como uma desculpa para pecar. Deus nos conclama para a obediência; não para a obediência do esforço humano, mas para a obediência da graça. O Senhor não mudou: aquilo que abominava nos tempos bíblicos Ele ainda abomina hoje. Ele conclama Seu povo a brilhar em meio à escuridão, em meio a “uma geração corrompida e depravada” (Fp 2:15).
Acrescentando ideias humanas e obras à graça. Sempre que procuramos ganhar crédito com Deus, sempre que tentamos acrescentar algo à infinita suficiência da graça, nós a adulteramos. Essa atitude se encontra na raiz da heresia propagada entre os cristãos da igreja da Galácia.
Quando falhamos em aceitar a graça em nossa vida. É possível estudar sobre a graça em hebraico e grego, memorizar passagens bíblicas e dispor de argumentos teológicos – e ainda assim não conhecer a graça como poder vivificante na experiência pessoal.
Hoje, não recebamos em vão a graça. Vamos recebê-la de braços abertos.